No Dia Internacional do Surf projeto destaca importância do projeto Surf Salva
Se houver praias e ondas agitadas, elas estarão lá. Seja em grupo ou sozinho, faça manobras agressivas, ou simplesmente aproveite o vai e vem da corrente.
Muitos desses homens e mulheres que fazem deste esporte radical uma de suas principais paixões são figuras-chave na prevenção de afogamentos e no resgate de banhistas.
Por isso, neste Dia Internacional do Surf, comemorado no terceiro sábado de junho, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS/CE) homenageia esses bravos lutadores e destaca o Projeto Surf Salva do Estado do Ceará (CBMCE), desde sua criação em 1995, já treinou mais de sete mil surfistas.
O projeto Surf Salva foi lançado em 1995 pelo então capitão BM Ronald Aguiar e sob sua gestão treinou 100 surfistas. No ano seguinte, o então alferes José Claudio Barreto assumiu o projeto e teve a iniciativa de torná-lo permanente.
Atualmente, o Cel Barreto, que continua como coordenador do programa, comemora o sucesso do Surf Salva, que criou uma rede de colaboradores para prevenir acidentes e salvar vidas, com mais de 7.000 surfistas treinados. “Os surfistas são os frequentadores mais assíduos das nossas praias e, embora na maioria das vezes não tenham treinamento, acabam envolvidos em resgates, a maioria bem-sucedidos, mas que podem ter um final trágico no final. o ensino do projeto Surf Salva torna-se um divisor de águas, formando surfistas, é uma forma rápida de educar os surfistas na arte da prevenção e salvamento”, enfatiza o Coronel.
“O nosso objetivo é ensinar os surfistas das praias das nossas costas para que menos pessoas se afoguem e não sejam vítimas da situação. Desta forma, podemos passar esta aprendizagem a outras pessoas, aumentar o conhecimento e assim salvar milhares de vidas.
Capitando para o Socorro
O major Chailon Fonteles, instrutor do Surf Salva, explicou que o objetivo do projeto é capacitar surfistas para resgatar pessoas que se afogam antes da chegada das equipes do Corpo de Bombeiros Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O curso de quatro dias tem carga horária de 16 horas/aula distribuídas em técnicas de resgate aquático, técnicas de resgate de pessoas que se afogam usando a prancha do próprio surfista. O grau de afogamento ainda está sendo classificado e os primeiros socorros administrados até a chegada de ajuda profissional.
Surf projeto destaca importância do projeto Surf Salva
“O surfista já é um conhecedor natural do comportamento do oceano e já sabe onde estão as correntes de retorno. Por isso na Surf Salva trabalhamos a prevenção, por exemplo, onde o surfista pode orientar os turistas e banhistas para áreas específicas adequadas para a natação.
Se em caso de afogamento, com base nos conhecimentos adquiridos, o surfista saberá utilizar a sua prancha para se aproximar, manter a sua segurança.
Esse Projeto Salva
A praticante de stand up paddle e instrutora de surf Kilvia Cardoso, uma das participantes da competição em Aquiraz Iguape, fez um relato emocionado do que o Surf Salva representou em sua vida: “O Surf Salva significa muito para mim. fiz esse curso a uns 10 anos atrás, eu era muito novo para tirar um certificado, mas já ganhei conhecimento lá.
Estava no mar com meu primo, e aconteceu um acidente: ele perdi minha prancha de surf. Como eu tinha minha própria prancha e tinha recebido instruções da Surf Salva sobre como fazer a flutuação, eu o resgatei”, lembra.
“Agora, com 21 anos, tive a oportunidade de fazer este curso e me sinto mais capacitado para ajudar a salvar vítimas durante o surf. Estou pronto para salvar vidas, seja em competições ou no lazer”, comemorou o surfista .