Açude Castanhão
O Açude Castanhão, ou simplesmente Castanhão, é uma imponente estrutura localizada entre os municípios de Alto Santo, Jaguaribara, Jaguaribe e Jaguaretama, no estado do Ceará.
Ele ocupa uma posição de destaque como o maior açude público para múltiplos usos de toda a América Latina, sendo considerado uma importante reserva estratégica de água para a região. Sua localização está a cerca de 306,8 km de Fortaleza, uma viagem de aproximadamente 4 horas.
A construção da barragem do Açude Castanhão foi concluída em 2003, no município de Jaguaribara.
Desde então, ele desempenha um papel fundamental no abastecimento de água para diversos fins, como irrigação, abastecimento urbano, silvicultura e regularização da vazão do rio Jaguaribe.
Com uma capacidade máxima de impressionantes 6,7 bilhões de metros cúbicos, o Castanhão tem a capacidade de suprir as necessidades de água de toda a região.
No entanto, atualmente, o açude enfrenta um grande desafio devido à escassez de chuvas e à longa estiagem que tem afetado o Nordeste brasileiro nos últimos anos. Como resultado, o Açude Castanhão está com cerca de apenas 4% de sua capacidade total. Essa situação crítica tem impactos significativos nas atividades econômicas e sociais da região.
Uma das principais consequências da baixa capacidade do açude é a restrição no fornecimento de água para irrigação, afetando a agricultura local e a produção de alimentos.
Além disso, o abastecimento urbano também é afetado, uma vez que o açude é uma importante fonte de água para as cidades próximas. A redução do volume de água disponível também impacta a silvicultura, atividade que depende da disponibilidade hídrica para o desenvolvimento das plantações de árvores.
Outro aspecto relevante é a regularização da vazão do rio Jaguaribe, que é fundamental para o equilíbrio ambiental da região.
O açude desempenha o papel de controlar a vazão do rio, evitando enchentes e garantindo o fluxo adequado de água ao longo do ano. No entanto, com a diminuição do volume do açude, essa capacidade de regularização fica comprometida, impactando negativamente o ecossistema local.
Apesar dos desafios enfrentados pelo Açude Castanhão, é importante ressaltar seus benefícios e seu potencial de recuperação.
Em períodos de chuvas mais intensas, o açude tem a capacidade de receber recargas dos rios Jaguaribe e Salgado, o que contribui para sua revitalização gradual. Além disso, medidas de gestão e conscientização sobre o uso racional da água são fundamentais para preservar e maximizar a eficiência do açude.
O Açude Castanhão, com sua imponência e importância estratégica, representa um símbolo da luta contra a escassez de água na região do semiárido nordestino.
anhão, localizado no Ceará é o maior açude da América Latina. Possui uma barragem construída em 2003 no município de Jaguaribara. Constitui numa importante reserva estratégica de água.
É utilizado para irrigação, abastecimento Urbano, silvicultura e regularização da vazão do rio Jaguaribe. Sua capacidade máxima é de 6,7 bilhões de metros cúbicos. Entretanto, atualmente está com cerca de 4% de sua capacidade total.
História
Sua obra teve início em 1995, e teve fim em dezembro de 2002. O açude recebeu o nome de Castanhão por conta da família Cunha, que o planejou inicialmente e possuía uma fazenda com o mesmo nome.
Orós possuía a barragem cearense antes do Castanhão. Na construção do açude, o município de Jaguaribara foi totalmente inundado.
Para compensar as perdas da cidade submersa, uma nova sede do município com o nome de Nova Jaguaribara foi construída.
Entretanto, existem conflitos ainda hoje por conta de todo patrimônio histórico do município que está imerso no açude. Além disso, as terras perdidas não formam devidamente indenizadas.
O lugar desperta a curiosidade dos mergulhadores por conta da fauna e mistérios que circundam as ruínas da cidade submergida. Expedições no local já foram realizadas para mapear o açude e de mapeamento e as casas submersas.
A história do Açude Castanhão remonta ao período de sua construção, que teve início em 1995 e foi concluída em dezembro de 2002. Durante esse processo, o açude recebeu o nome de Castanhão em homenagem à família Cunha, que inicialmente planejou a sua construção e possuía uma fazenda com o mesmo nome.
Antes da construção do Castanhão, a barragem cearense mais proeminente era a do Açude Orós. No entanto, com o início das obras do Castanhão, o município de Jaguaribara foi totalmente inundado para dar lugar ao novo reservatório. Essa inundação completa resultou na necessidade de realocação de toda a população e infraestrutura da cidade.
Para compensar as perdas causadas pela submersão da antiga cidade, uma nova sede do município foi construída e recebeu o nome de Nova Jaguaribara. No entanto, até hoje persistem conflitos em relação ao patrimônio histórico que ficou submerso no açude. Há uma riqueza de vestígios e memórias que agora estão imersos nas águas, e a preservação e o acesso a esse patrimônio se tornaram um ponto de debate e reivindicação por parte da comunidade local. Além disso, a questão da indenização adequada das terras perdidas durante o processo de inundação também é um tema que gera controvérsias.
Uma das características fascinantes do Açude Castanhão é a atração que ele exerce sobre mergulhadores e a curiosidade que desperta em relação à fauna e aos mistérios que envolvem as ruínas da cidade submersa. Expedições foram realizadas no local com o objetivo de mapear o açude e documentar as casas e construções que agora se encontram sob as águas. Essas explorações contribuíram para a compreensão e o estudo desse ambiente subaquático singular, enriquecendo a experiência de quem se aventura nas profundezas do açude.
A história do Açude Castanhão é marcada pela transformação do ambiente e pela relocação de comunidades inteiras. Ao mesmo tempo em que representa um marco de desenvolvimento e fornecimento de recursos hídricos para a região, também traz consigo desafios e conflitos decorrentes dessas mudanças. A preservação do patrimônio cultural submerso e a busca por soluções que atendam às necessidades das comunidades afetadas são aspectos essenciais a serem considerados na história contínua do Açude Castanhão.
Benefícios
O Castanhão proporcionou em uma série de benefícios para os cidadãos cearenses, como:
- Fornecimento de água para o abastecimento da região Metropolitana de Fortaleza;
- Administrar o nível do Rio Jaguaribe;
- Geração de energia hidrelétrica com cerca de 22,5 megawatts;
- Criação de um polo turístico;
- Auxílio na transposição do rio São Francisco;
Características Gerais
Sua profundidade pode chegar a mais de 50 metros, sendo que possui 325 km² quadrados de área inundada. A barreira principal possui 11 metros de largura, 1.500 metros de extensão.
O Jaguaribe era considerado o rio mais seco do mundo, mas foi antes de construírem o Castanhão.
Seca
O açude que gerava cerca de 3.800t por ano de pescado, atingiu o volume morto, tendo apenas cerca de 2% de sua capacidade. Essa situação crítica impulsionou os residentes de Nova Jaguaribara a buscarem formas alternativas de sustento.
A seca afetou diretamente no comércio local, pois muitas pessoas deixaram a cidade, o que diminuiu os consumidores. Muitos criadouros deixaram de existir, e os antigos donos também saíram do município.
Por conta da seca, a velha cidade de Jaguaribara inundada há 11 anos começou a reaparecer. O antigo monumento em homenagem a Tristão Gonçalves, que é o ponto mais alto da cidade, apareceu novamente.
A situação é crítica, porém o Castanhão vem se recuperando aos poucos gradativamente. Durante os períodos de chuva, o açude recebe recargas do Rio Jaguaribe e Rio Salgado, e atualmente está com cerca de 4% de sua capacidade.